Supermercados Giassi ... Eu recuso esse amigo

quinta-feira, 10 de abril de 2008

E Nercinda Rocha sumiu ... assim entre as paredes de um grande monstro na esquina da Antonio da Veiga ....

Renega .... Não quer

Estes não são os amigos que quer ...

Vidro e Alvenaria ...

Um dia, talvez ela reapareça, num vaso quebrado, ou numa bisnaga de tinta óleo.

Ela ainda respira no meio das horríveis palmeiras ornamentais.

Ela ainda é os olhos de fome, ainda espia a cidade.

Não será embalada, não será enlatada....

Ele vê e ainda sente ...

Os outros, são muitos, mas pouco demais, fiquem em suas filas.

Comam seus plásticos, engulam a vida sintética.

Os outros poucos, que são tantos ...

Em pequenos espaços longe dos supermercados dessa cidade, ainda sentem.

E Nercinda ainda sente ...

Outono ...

domingo, 23 de março de 2008




Imagem de Daniel Costa de Souza.
http://www.blog.costadessouza.com/



E se ainda não podemos viver integralmente de Arte ...

Que a gente Viva com ARTE !!!

Quem é ?!

domingo, 2 de março de 2008


Hilda Hilst por Hilda Hilst, que é?


Sou um pequeno vitral e anis decompondo-se sobre a mesa onde a música fez cocô. Meu ovo cabe na galinha. Meus pés tortos cabem no céu. Bule de prata. Bata branca. Sou um corpo rajado, um sopro alto, que é brisa, e entorto a língua, a linguagem , disseco tripas, galopo meu quarto de um canto a outro e misturo histórias que contei antigamente. Sou Grande Caracol Baboso, lábio frouxo encantado. Já perdi dez milhões de sedas e estou aqui sovada, ampliada para a morte, coração minúsculo. Costumo de madrugada ,mas não conte a ninguém, dar lambidonas num corpo de Anjo que vermes descarnam. Acho esquisito chamar-me Hilda Hilst.


E Maria João ... acha estranho ter um nome para alguém a chamar de alguma cois.
É estranho ser gente, É esquisito ter que se dizer quem é ...

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Macabéia sente-se entediada com a rotina alucinante dos dias, observa pela janela do ônibus as pessoas, e pensa sobre a felicidade. Brinca de inventar poesia, e ri com que escreve...

Das Gentes

Você se sente assim feliz.
Feliz com a vida...
Acorda todo dias 07h30min.
[07h30min]
Corre para pegar o coletivo.
Almoça [as 12h00min horas]
Não que tenha fome.
Mais é horário do almoço.
Olha o relógio a cada minuto.
Minuto.
18h00min sinaliza o relógio.
Fim do expediente.
E você se sente feliz!
Chega em casa, trepa com a mulher.
Não por desejo!
As cochas dela já não te atraem mais.
Mais normal, nada que não se acostume.
Por que você se sente...se sente feliz...
Jogo de futebol na quarta.
Festa da empresa final do mês.
Todo esquematizadinho.
Nada de novo, nada de intenso.
Mais o que importa é saber que amanhã....
Que amanhã será tudo igual!
Igualzinho
Comer, trepar, trabalhar.
Trabalhar, comer, trepar.
É isso que importa.
Você finalmente conseguiu.
Conseguiu se adequar.
Agora faz parte das gentes.
Das gentes que é Feliz!

Ao reler o poema, sente-se extremamente não-feliz por estar atrasada para o trabalho, e com os cabelos por pentear...

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terça-feira, 1 de janeiro de 2008

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